Terra seca que nada brota,viventes da esperança que aqui moram,todos rogamos a N. Senhora que os sofrimentos sejam por hora,no amanhecer esperamos uma nova aurora.As pastagens secas,vidas morrendo,a caatinga ainda alimenta,mas por hora, o mandacaru e mancabira é de onde se tira o sustento dos corpos.O espírito se alimenta da fé,vive na esperança do amanhãJuritis bateram asas, e levou os paturis. Bengos e preás não se vê mais.O que será das minhas tardes na hora de cachimbar?Sem escutar os zabeles,os arapuás todos se arribaram pra outros lugar,só me resta noites de luar,onde sonho que tudo provera.Vento quente no rosto,sinal que a chuva ainda não vem.Pinheiras,laranjeiras e pitangueiras,todas secarm,galhos sem folhasComo fica triste o meu pomar,aqui só transita calangos,lagartixasQue dor no coração, quando vejo assim meu sertão.(Kadu Vaqueiro)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Kadu...
Você é sensível, escreve com a alma e suas lembranças, sempre muito rica em detalhes, encanta ao leitor.
És, um poeta apaixonado pelo sertão e suas raízes ainda permanecem por lá, de onde extrai inspiração para escrever sobre a lida e luta árdua dos sertanejos que trabalham o solo, na esperança de dias melhores.
Nessa nova caminhada que você iniciou pelo mundo das letras, enriquecerá ainda mais, o conhecimento dos que lerem suas mensagens.
Parabéns Sertanejo Poeta!
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